Constelação de Auriga vista acima do Monte Everest.
Na tentativa de superar esse obstáculo os astrônomos constroem os observatórios nos locais mais altos possíveis, o que permite que a luz proveniente dos mais distantes locais do Universo chegue até os telescópios com a mínima interferência, permitindo o melhor estudo dos objetos celestes. Observatórios nos Andes, Mauna Kea, Mont Wilson estão entre os mais elevados do mundo e não é a toa que produzem imagens de altíssima qualidade.
O turco Babak Tafreshi, um dos mais conhecidos astrofotógrafos do mundo, não tem um observatório particular, mas é um viajante apaixonado pela astronomia e por onde passa não perde a oportunidade de fotografar o céu. E para inveja de seus colegas, costuma sempre retratar o firmamento visto dos mais belos lugares do planeta.
Na imagem mostrada, Tafreshi retratou a brilhante estrela Capella, a Alpha da constelação de Auriga, instantes depois de nascer sobre o Monte Everest, o pico mais alto do mundo, visto à esquerda no fundo da imagem.
Locaização dos elementos. Crédito: Babak Tafreshi/NASA/APOD.
A beleza da composição é marcada pela grande montanha e de seu vizinho Lhotse, intensamente banhados pela luz da Lua e com seus picos quase tocando o céu. Para completar a cena Tafreshi enquadrou o monumento budista Stupa, visto à esquerda da cena junto à principal estrada que leva ao Acampamento Base do Everest. O pequeno ponto luminoso visto na parte inferior do centro da foto é o Monastério de Tengboche, ao longo de uma trilha de quatro mil metros.
Além da cordilheira do Himalaia e de Auriga brilhando intensamente no céu, Tafreshi também teve a sorte de enquadrar a estrela Aldebaran e as Plêiades, observados facilmente na imagem em alta resolução. Aldebaran é a segunda estrela mais brilhante da composição e Plêiades é o aglomerado de estrelas visto na parte superior da foto, na direção de Aldebaran
Sem dúvida, uma bela composição!
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